O dia de milhões de brasileiros não começa de verdade antes de uma xícara do bom e velho cafezinho, não é mesmo? Nesta sexta-feira, dia 14 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Café, e não poderíamos deixar passar uma data tão importante para os amantes desta bebida. Será que existe a possibilidade de utilizarmos os produtos biológicos para incrementar a produtividade do cafeeiro?

A cafeicultura sempre esteve presente na história do Brasil e até hoje desempenha um papel importante na agricultura do país. Por ser uma cultura perene, é imprescindível que haja um cuidado especial no desenvolvimento das mudas e no plantio, garantindo o bom estabelecimento das plantas na lavoura. Microrganismos promotores de crescimento surgem como uma alternativa para a produção de mudas mais vigorosas e melhor estabelecimento da cultura nas fases iniciais.

Em um trabalho científico, foi realizada a inoculação de fungos micorrízicos em mudas de cafeeiro, mostrando que aquelas inoculadas apresentavam maior altura, área foliar e massa seca total em relação às não inoculadas, após 150 dias do repique das plântulas. Outro trabalho investigou o uso de três microrganismos (Azospirillum brasilenseBacillus aryabhattai Pseudomonas fluorescens) na fase inicial do cafeeiro, com 120 dias após o transplante das mudas, obtendo resultados positivos para os três em relação às plantas não inoculadas, com maior área foliar e diâmetro de caule e melhor desenvolvimento radicular. O Azospirillum brasilense foi o que apresentou os melhores resultados dentre todos os microrganismos.

Vale lembrar, que por ser uma cultura perene, é essencial que sejam adotadas as estratégias corretas de manejo ao longo dos anos, permitindo não só que a planta se desenvolva bem, mas que também haja um reflexo positivo na microbiota do solo, permitindo as relações simbióticas entre planta e microrganismo que irão auxiliar no incremento da produtividade e da qualidade dos grãos de café.